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Americanos morrerão antes de entrar em Bagdá, diz Saddam

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente iraquiano, Saddam Hussein, afirmou que as tropas americanas serão derrotadas nos portões de Bagdá se os Estados Unidos tentarem invadir o Iraque. Ele comparou os americanos aos mongóis, que destruíram a cidade no século 13, e disse que o povo iraquiano e seus líderes fariam as forças invasoras cometer suicídio antes de entrarem em Bagdá, informa a BBC. As afirmações foram feitas num discurso para marcar os 12 anos dos ataques aéreos americanos que iniciaram a Guerra do Golfo. Uma manifestação organizada pelo governo aconteceu em Bagdá no começo da manhã desta sexta-feira, exatamente na mesma hora em que as bombas atingiram a cidade em 1991. Encontro O chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, se encontrou com o presidente da França, Jacques Chirac, e vai se encontrar com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, nesta sexta-feira, para mantê-los informados sobre o trabalho de sua equipe no Iraque. Os encontros acontecem depois da descoberta, na quinta-feira, numa área militar, do que os inspetores descreveram como 11 ogivas vazias, feitas para carregar armas químicas. Os inspetores não sabem ainda, no entanto, se essas ogivas já foram utilizadas. O governo iraquiano afirma que são apenas cápsulas vazias. O governo francês ainda não fez comentários sobre a descoberta das ogivas. Blair também não se pronunciou. A Grã-Bretanha e os Estados Unidos ainda estão esperando por mais detalhes sobre a análise das ogivas. Blix tinha dito ao Iraque anteriormente que fizesse mais para comprovar suas afirmações de que tinha destruído armas proibidas, sob risco de ter que enfrentar uma guerra contra os Estados Unidos. Provas Num encontro com líderes da União Européia na quinta-feira, em Bruxelas, Blix tinha afirmado que o Iraque tinha que fornecer provas - como arquivos e orçamentos - de que tinha eliminado armas de destruição de massa ou entregar aquelas que ainda estavam em seu poder. Os Estados Unidos tinham ameaçado o Iraque com uma ação militar se o país descumprisse uma recente resolução da ONU que o obrigava a fazer uma lista com todas as suas armas. A Guerra do Golfo durou seis semanas e foi deflagrada em resposta à invasão do Kuwait pelo Iraque. O 12º aniversário da guerra acontece no momento em que o povo iraquiano está se preparando para um ataque americano. A Cruz Vermelha afirmou que está preocupada com o fato de os civis iraquianos estarem mais vulneráveis agora, depois de mais de uma década de sanções, que deixaram parte da população dependente de comida fornecida pelo governo. As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui.

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