Amorim: Brasil apoiará reação da ONU à Coréia do Norte

"Esperamos uma forte reação das Nações Unidas e apoiaremos a decisão que venham a tomar", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil

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Por Agencia Estado
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, declarou na manhã desta quinta-feira que o governo brasileiro apoiará qualquer decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Coréia do Norte. Na terça-feira, o governo de Kim Jong-il realizou testes com mísseis balísticos, ação que gerou fortes críticas à Coréia do Norte. Os projéteis caíram no mar do Japão, a menos de 500 quilômetros da costa japonesa. "Esperamos uma forte reação das Nações Unidas e apoiaremos a decisão que venham a tomar", afirmou Amorim, logo depois da abertura da primeira reunião plenária do Grupo Piloto sobre Mecanismos Inovadores de Financiamento do Desenvolvimento, no Itamaraty. O chanceler teve o cuidado de afirmar que as hipóteses de aplicação de sanções são ainda "pulos à frente". Mas ressaltou que uma "expressão clara" das Nações Unidas contra a atitude da Coréia do Norte "já será importante, uma vez que os testes não contribuem para a paz. Em nota divulgada no final da tarde pelo Itamaraty, o governo brasileiro reforçou sua avaliação de que os testes de mísseis pela Coréia do Norte elevam "a tensão a um quadro regional já instável", derivado dos "parcos avanços" registrados nas rodadas sobre a questão da segurança na Península Coreana impulsionadas por seis países diretamente envolvidos nessa questão - China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Coréia do Sul e Coréia do Norte. Negociações hexapartites "Ao reiterar sua postura em favor do desarmamento e da não-proliferação de armas de destruição em massa, o governo brasileiro condena o ato de Pyongyang", afirma a nota. "O governo brasileiro conclama a Coréia do Norte a restabelecer a moratória de testes de mísseis de 1999, reafirmada em 2002, e retornar com espírito construtivo às negociações hexapartites." Do ponto de vista de Brasília, o foro de negociações criado entre esses seis países é o mais adequado para se alcançar um entendimento equilibrado sobre as preocupações na área de segurança naquela região. Em princípio, Pyongyang mostrou-se disposto a discutir, em meados do ano passado, desde que os americanos retirassem suas armas nucleares da península coreana e dessem garantias adicionais. Na nota, o governo brasileiro informa que continuará a acompanhar com atenção os desdobramentos dessa nova crise, em uma posição favorável a uma "solução pacífica e duradoura" da questão da Península Coreana, na órbita diplomática. Este texto foi atualizado às 21h45

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