23 de novembro de 2010 | 09h41
A resolução, apresentada pelo Canadá, acabou sendo aprovada. Mas não contou com o apoio brasileiro, que prefere manter abertos os canais com o Irã. O governo brasileiro alega que a resolução tem motivação política e a meta de pressionar o Irã sobre assuntos que não têm a ver com os direitos humanos, mas principalmente a questão nuclear.
Amorim, que estava ontem em Genebra, não explicou porque optou por se abster. Mas defendeu sua política de diálogo. "Não havia uma resolução sobre apedrejamento. Houve uma resolução sobre o Irã onde havia a questão do apedrejamento. Claro que a condenamos e já falamos isso muitas vezes e de forma muito mais efetiva que outros países, pois falamos diretamente e temos condições de diálogo com o governo do Irã. Não posso atribuir ao Brasil, pois seria pretensioso, mas em vários casos já nos foi assegurado que o apedrejamento não vai ocorrer", afirmou o chanceler.
Amorim não deu explicações sobre o destino de Sakineh. Diante da pressão internacional, Teerã teria modificado as acusações que pesam sobre a iraniana, que inicialmente eram apenas de adultério, para homicídio. Uma das possibilidades já levantadas pelo governo iraniano é a de que ela não seja condenada à morte por apedrejamento, mas por enforcamento caso fique provada sua participação na morte do marido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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