PUBLICIDADE

Amorim propõe 'cooperação intensa' entre Brasil e Cuba após visitar a ilha

Para chanceler, Brasil pode dar seu exemplo para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas

Por Luciana Xavier
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reforçou nesta segunda-feira, 20, o que chamou de "cooperação intensa" do Brasil com Cuba, país onde esteve do dia 17 até ontem, antes de embarcar para Nova York, e disse que o País pode ajudar no processo de avanço econômico da ilha.

 

PUBLICIDADE

Ele disse que o governo brasileiro pode dar seu exemplo de sucesso para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, reduzindo a informalidade da economia cubana.Amorim disse que não falaria sobre o assunto de dissidentes cubanos, mas admitiu ter conversado com o governo cubano sobre a liberação de presos políticos. "

 

Conversamos com liberdade e respeito às decisões de Cuba e ritmo das decisões, de modo a ajudar Cuba numa inserção internacional, respeitando as decisões do país", afirmou. "Temos um bom diálogo com o governo cubano e isso transforma o Brasil num interlocutor especial", acrescentou Amorim, que se encontrou, em Cuba, com o presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros do país, o general Raúl Castro.Amorim está em Nova York para participar da 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e faz discurso de abertura do Debate Geral da Assembleia na próxima quinta-feira.

 

Amanhã, Amorim participa pela manhã de reunião ministerial com países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).Na agenda da semana estão ainda um encontro com o empresário Bill Gates, na quarta-feira, e com o Conselho de Segurança da ONU, na quinta-feira.

 

Ele não especificou a pauta a ser tratada com Bill Gates. Disse que o encontro foi um pedido feito pelo fundador da Microsoft e poderá tratar de saúde, assunto ao qual Gates tem se dedicado por meio de sua fundação.No evento deste ano, líderes e representantes dos países membros da ONU discutem também o cumprimento das Metas do Milênio (ONU), oito ao todo, estabelecidas em 2000 e que devem ser cumpridas até 2015. Amorim fica em Nova York até o dia 28 de setembro e então segue para o Haiti para acompanhar os avanços do projeto para construção da hidrelétrica de Artibonite, que deve levar energia a cerca de 1 milhão de habitantes do país que foi devastado no início deste ano por um terremoto.

 

Segundo ele, cerca de US$ 40 milhões relativos à ajuda dada pelo Brasil na reconstrução do Haiti poderão ser usados nesse projeto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.