Analista mostra o pior cenário de guerra contra Iraque

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Por Agencia Estado
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O analista norte-americano Anthony Cordesman, do Centro para Estratégia e Estudos Internacionais de Washington, conhecido como centro de estudos "Tendência Falcão", traçou quatro cenários para o possível conflito bélico no Iraque. O pior deles está descrito hoje no maior diário belga francês, o Le Soir, pelo jornalista Alain Lallemand. A segunda guerra contra o Iraque dura 180 dias e abre uma intensa guerrilha urbana. Bagda se transforma no caos. A população local começa a se mostrar hostil às tropas ocidentais. Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU retira seu apoio aos Estados Unidos, envolvendo o recuo militar do Reino Unido e da Turquia, reforçada pela neutralidade proclamada de Kuwait. Camp Doha deve ser evacuado, enquanto três mísseis iraquianos atingem as cidades de Rhyad e Ankara e uma ogiva química cai sobre Tel-Aviv. Ao mesmo tempo, um atentado com anthrax é cometido em Jerusalém e outro com gás sarin atinge o metrô de Sydney. Washington também não recebe menos respeito: incêndios em campos petroleiros não conseguem ser controlados e os quase 1 milhão e meio de refugiados, que escapam em direção à região curda, sul da Turquia, escapam ao controle da estrutura militar-humanitária norte-americana instalada na área. Esse é o pior cenário traçado pelo analista do Centro para Estratégia e Estudos Internacionais de Washington. A possibilidade que aconteça essa catástrofe? De 5 a 10%, segundo seu autor. A guerra no Iraque? Uma roleta russa.

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