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Analistas advertem sobre mensagem radical a muçulmanos

O alerta é dos analistas do Clube de Madri

Por Agencia Estado
Atualização:

Os analistas do Clube de Madri lembraram neste sábado que a maior parte dos países produtores de energia é muçulmana e advertiram sobre o perigo de que as democracias ocidentais enviem uma mensagem de radicalização que possa dar lugar a um confronto entre civilizações. A 5ª Assembléia Plenária do Clube de Madri, que reúne ex-governantes de todo o mundo, apresentou hoje as conclusões dos grupos de trabalho que durante dois dias analisaram os desafios da energia e a liderança democrática, tomando como ponto de partida a situação e a experiência de oito países: Canadá, Chile, Equador, Islândia, Noruega, Romênia, Sudão e Tanzânia. Os especialistas sublinharam o fato de que o futuro da energia é um problema global que deve ser tratado como tal e descreveram os três desafios que têm que ser enfrentados, em referência ao futuro energético: a segurança do fornecimento, a eqüidade e a sustentabilidade vinculada à mudança climática. O Clube de Madri advertiu sobre outras ameaças latentes para o setor energético, como o terrorismo e o perigo de "um confronto entre civilizações", quando a maior parte dos países produtores de energia é muçulmana. "Roubo de riquezas" Os grupos de trabalho lembraram que a área mundial com mais recursos de energias fósseis, que vai da Nigéria ao Cazaquistão, é principalmente muçulmana, e advertiram que seus habitantes vêem como "o mundo está roubando sua riqueza", enquanto as democracias não estão fazendo frente a esse problema. Os participantes das mesas de trabalho do Clube de Madri assinalaram também que as medidas que forem adotadas no futuro devem ser dirigidas não tanto a aumentar a produção energética, mas também a reduzir o consumo, por isso consideram que os líderes das democracias ocidentais devem conscientizar os cidadãos sobre esta necessidade. Os analistas destacaram também a importância dos regimes democráticos para o desenvolvimento energético dos países, e argumentaram que a corrupção dos Governos "mina o funcionamento dos mercados" e impede a segurança jurídica para seu desenvolvimento.

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