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Anistia acusa Jordânia de torturar prisioneiros

Relatório afirma que em nenhum dos casos em que prisioneiros denunciaram agressões, os juízes ordenaram uma investigação independente sobre as acusações

Por Agencia Estado
Atualização:

A Anistia Internacional acusa a Jordânia de torturar militantes detidos para obter confissões e juízes de tolerar a prática ao não investigarem as queixas. Em seu relatório anual apresentado nesta terça-feira, o grupo afirma que o Tribunal de Segurança do país realizou centenas de julgamentos políticos no ano passado e que em muitos deles os réus alegaram terem sofrido agressões. "Em nenhum dos casos de conhecimento da Anistia os juízes ordenaram uma investigação independente sobre as acusações de tortura", afirma o órgão. A Anistia acrescenta que os procedimentos do Tribunal não cumprem os requisitos internacionais de julgamentos justos. O relatório do grupo, com sede em Londres, relembra que em agosto do ano passado o governo jordaniano assinou um memorando com o Reino Unido que estabelece que suspeitos de terrorismo deportados para a Jordânia não seriam vítimas de tratamento inumano ou tortura. A Anistia também acusa a Jordânia de censura e restrição de demonstrações públicas, particularmente aquelas contra Israel e a Guerra no Iraque. O tratado de paz assinado em 1994 entre os governos jordaniano e israelense é muito ressentido no reino, onde mais de metade da população é de origem palestina. A força multinacional americana no Iraque também é criticada pela população.

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