
16 de março de 2008 | 16h14
A Anistia Internacional (AI) pediu neste domingo, 16, à China que autorize uma investigação independente a cargo da ONU sobre os sangrentos incidentes dos últimos dias no Tibete, nos quais morreram pelo menos 80 pessoas. "A situação merece também a atenção do Conselho de Direitos Humanos em sua atual sessão", afirmou a ONG, em relação à repressão dos protestos tibetanos pelas autoridades chinesas. Veja Também: Dalai Lama denuncia 'genocídio cultural' Governo tibetano estima que 80 pessoas morreram em Lhasa Hu Jintao é reeleito na China e Xi Jinping é seu vice Segundo a AI, a China deve "mostrar a máxima contenção" ao responder aos protestos dos tibetanos, e informar sobre todas as pessoas que foram detidas na capital Lhasa e em outras regiões do Tibete durante a semana passada. A ONG exige ainda que a China liberte todos os detidos por "expressar pacificamente suas opiniões e exercer sua liberdade de expressão, associação e reunião". "As autoridades chinesas devem atender às velhas queixas do povo tibetano, e revisar uma política de longo prazo que gerou tamanho ressentimento", afirma Catherine Baber, diretora da Anistia Internacional para Ásia-Pacífico. Segundo a AI, os tibetanos se queixam de serem excluídos do desenvolvimento econômico do país, e denunciam as restrições impostas a suas práticas religiosas e o enfraquecimento de sua cultura e sua identidade étnica pelas medidas políticas impostas por Pequim.
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