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Anistia quer nova investigação sobre ameaças

Por Agencia Estado
Atualização:

A Anistia Internacional divulgou nota hoje exigindo uma nova investigação sobre as ameaças contra o escritório brasileiro da entidade, em 1999, que implicam José Eduardo Bernardes da Silva. Ele é acusado pela polícia de ser o autor das ameaças com bomba contra a Anistia Internacional de São Paulo e os organizadores da Parada Gay. Hoje pela manhã ele não apareceu para trabalhar na Rua Fernando VI, um dos endereços da entidade em Madri, Espanha. A organização pede que a nova investigação seja "de acordo com normas internacionais de julgamento". O documento diz ainda que, para a Anistia, "cada indivíduo tem direito de ser considerado inocente até que se demonstre o contrário."A entidade protesta contra o fato de a polícia de São Paulo ter divulgado o resultado da investigação envolvendo José Eduardo antes de comunicar a própria entidade. Embora peça uma nova investigação, a Anistia se nega a fazer qualquer comentário sobre o assunto, alegando não ter recebido o resultado oficial da investigação. A encarregada da Assessoria de Imprensa da Anistia Internacional na Espanha, Célia Zafra, disse que José Eduardo Bernardes da Silva não fará nenhuma declaração. Ela não esclareceu se ele se apresentará à polícia, como disse seu advogado, em São Paulo, Alexandre Crepaldi. José Eduardo está em Madri há cerca de um mês, onde estaria trabalhando num programa brasileiro da Anistia.A assesoria de imprensa se limita a dizer que o brasileiro permanece na Espanha, mas em local ignorado. A nota encerra dizendo que a organização continuará desenvolvendo campanhas a respeito dos direitos humanos no Brasil, incluindo os direitos dos gays e outras minorias.

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