O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, condenou nesta segunda-feira com veemência um ataque de tanques e helicópteros israelenses que matou 14 palestinos num bairro da Faixa de Gaza, alertando que esse tipo de ação não tem "justificativa legal ou moral" e poderia provocar uma escalada da violência. Em Washington, o Departamento de Estado expressou preocupação em relação às vítimas civis, mas apoiou o direito de auto-defesa de Israel. Moscou chamou o ataque de emprego "desproporcional" da força, e o diplomata mais graduado da União Européia, que está viajando pela região, disse estar chocado. "O secretário-geral deplora o ataque militar às regiões civis" e acredita que esse tipo de ação "não promove a segurança israelense" , afirmou o porta-voz da ONU Fred Eckhard numa declaração. "Em vez disso, ela poderia levar a uma maior escalada da violência, pois aumenta a sensação de vulnerabilidade e de insegurança tanto entre os palestinos como entre os israelenses". Conclamando ambos os lados a parar com a violência, tal como exigido recentemente pelo Conselho de Segurança, Annan advertiu os israelenses de que "esse tipo de ação não tem justificativa legal ou moral".