Annan é reeleito por aclamação na ONU

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Por Agencia Estado
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Kofi Annan foi eleito nesta sexta-feira para um segundo mandato à frente das Nações Unidas com o apoio de todas as partes do mundo, um endosso unânime à sua liderança e agenda para melhorar a vida de milhões de pessoas. Por aclamação, a Assembléia Geral de 189 membros aprovou a recomendação do Conselho de Segurança, de 15 integrantes, para a recondução de Annan a um novo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU. A eleição de Annan seis meses antes de expirar seu primeiro mandato em 31 de dezembro foi um forte contraste com a disputa em 1996, quando os Estados Unidos negaram apoio a seu antecessor Boutros Boutros-Ghali, do Egito, para outros cinco anos. Em Washington, Boutros-Ghali era visto como antiamericano. Agora, o presidente dos EUA, George W. Bush, foi um dos primeiros a endossar a candidatura de Annan em março e nesta sexta-feira o embaixador americano em exercício James Cunningham o chamou de "cidadão global que dá voz a todos os povos das Nações Unidas". Com o apoio dos EUA e dos outros quatro membros do Conselho de Segurança com direito a veto - Rússia, China, Grã-Bretanha e França - sua reeleição estava assegurada. Mas a reunião desta sexta da Assembléia Geral deu oportunidade a representantes de todas as regiões do mundo de somarem seus apoios a ele - e a suas propostas para o próximo mandato. Quase todos os oradores destacaram a agenda de Annan para reduzir a pobreza, melhorar a educação, parar a epidemia de aids e aprimorar os direitos humanos que foi adotada em setembro último, na Cúpula do Milênio, por mais de 150 líderes mundiais, a maior reunião de chefes de Estado e de governo já realizada. Tradicionalmente, o principal cargo da ONU é dado a cada 10 anos a uma região, e a África deveria - em teoria - entregar a secretaria-geral para a Ásia em 1º de janeiro. Mas o ganense de 63 anos manterá o cargo, dando à África 15 anos sem precedentes à frente da organização mundial.

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