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Annan pede retomada do diálogo nuclear com a Coréia do Norte

As conversas sobre o programa nuclear norte-coreano, que estavam paradas desde novembro passado, podem ser retomadas

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, fizeram nesta terça-feira um pedido para a retomada das conversas a seis lados sobre o programa nuclear norte-coreano. Antes de viajar a Tóquio - etapa seguinte de sua viagem asiática -, Annan se reuniu nesta terça-feira com o presidente sul-coreano, com quem avaliou a situação em torno da crise gerada pelo programa de armas nucleares da Coréia do Norte e as possibilidades abertas para resolver o caso. Na segunda-feira, após se reunir com o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Ban Ki-moon, o secretário-geral da ONU já havia pedido uma ação urgente para resolver a crises nuclear da Coréia do Norte e do Irã. Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, Annan pediu a retomada das negociações em Pequim entre as duas Coréias, China, Japão, Rússia e Estados Unidos, para fazer com que o regime de Pyongyang renuncie às armas nucleares. Estas conversas, que começaram em agosto de 2003, estão estagnadas desde novembro passado. Naquela data, a Coréia do Norte decidiu boicotar novamente o processo de diálogo, diante das sanções impostas pelos EUA a várias instituições relacionadas à cúpula de poder norte-coreana e envolvidas em crimes financeiros. O presidente sul-coreano também pediu com Annan a volta das conversas multilaterais, e expressou sua confiança de que essas negociações finalmente cheguem a um bom resultado, em referência ao desmonte final das armas nucleares que Pyongyang reconheceu ter em fevereiro de 2005. Sobre o Irã, Annan insistiu nesta terça que este problema deve ser resolvido "rapidamente", a fim de evitar a desintegração do sistema de não-proliferação nuclear. Japão, China, Vietnã e Tailândia são as próximas paradas da viagem asiática de Annan, na qual o secretário-geral da ONU busca promover seu plano de reforma do órgão internacional, apesar da oposição de vários países em desenvolvimento.

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