10 de outubro de 2017 | 15h56
BARCELONA - As horas que antecederam o discurso do governador catalão, Carles Puigdemont, nesta terça-feira, 10, foram marcadas por instabilidade nos mercados e reforço da segurança nas ruas.
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O governo espanhol reforçou o monitoramento nos aeroportos e estações de trem na Catalunha, segundo a polícia, antes da declaração de independência ser anunciada no Parlamento. A separação é considerada ilegal por Madri.
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Além disso, a polícia regional catalã, os Mossos d'Esquadra, fecharam ao público o Parque de la Ciutadella, onde fica o Parlamento, como medida de segurança. A medida buscava "prevenir situações de pressão sobre a atividade parlamentar", afirmou um porta-voz da corporação.
Enquanto isso, as bolsas caíram em clima de incerteza sobre o que seria declarado. Os mercados acionários americanos fecharam majoritariamente em baixa e os índices globais de ações eram negociados em intervalos estreitos.
O governo do premiê Mariano Rajoy já havia prometido atuar com firmeza se os líderes regionais avançassem com a ideia de separação, e ainda pode aplicar o artigo 155 da Constituição, que prevê a suspensão do governo da Catalunha, restaurado após a ditadura de Francisco Franco (1939-1975), ou até mesmo o anúncio de um estado de emergência na região.
Mas as pressões nacionais e internacionais, assim como a saída de algumas empresas e a incerteza econômica, poderiam moderar a postura de Puigdemont, que pede uma mediação internacional para mediar o conflito.
Diante desse cenário, seis empresas optaram por transferir suas sedes para outras regiões da Espanha, como os bancos CaixaBank y Banco Sabadell. / AFP e Dow Jones Newswires
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