Antraz pode ter origem nos EUA, diz o governo

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Por Agencia Estado
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Os esporos de antraz que contaminaram os correios norte-americanos em outubro foram aparentemente produzidos nos Estados Unidos, disse nesta segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer. Segundo ele, embora as evidências não sejam conclusivas, aumenta a percepção de que se trata de "uma fonte doméstica". Fleischer afirmou também que as autoridades ainda não sabem quem foi o responsável pelo envio da bactéria. Oficiais do Exército expressaram dúvidas de que o antraz contido nas cartas enviadas ao Congresso tenha sido produzido em centros militares de pesquisas médicas, mesmo que os esporos encontrados em ambos os locais tenham a mesma característica genética. O Instituto de Pesquisas Médicas de Doenças Infecciosas do Exército norte-americano (USAMRIID, em inglês) obteve o suprimento de antraz do Departamento de Agricultura e o dividiu com cinco laboratórios nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha, informou o porta-voz Chuck Dasey. Uma reportagem do The Washington Post informou no domingo que o tipo de antraz enviado ao líder da maioria do Senado, Tom Daschle, e ao senador Patrick Leahy, era idêntico ao antraz em poder do Exército. Segundo Dasey, no entanto, tal afirmação não indica de onde o responsável pelo envio teria conseguido o antraz. "Você não pode dizer que ele foi conseguido no USAMRIID. Nós recebemos (o antraz) de outro laboratório, então, presumivelmente, o USAMRIID não é o único laboratório que recebeu do Departamento de Agricultura", disse Dasey. No Congresso, especialistas trabalhavam hoje para injetar gás bióxido de cloro em partes do sistema de ventilação do Hart Senate Office Building para eliminar esporos de antraz ainda presentes no local. O anexo do Senado Hart está fechado desde 17 de outubro, dois dias depois que uma carta com traços de antraz fora aberta no escritório de Daschle. Até agora, 18 casos de antraz foram registrados em todos os Estados Unidos - 11 casos por inalação e sete casos cutâneos - desde que os ataques pelos correios começaram em outubro. Cinco pessoas morreram. Leia o especial

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