Ao menos 12 civis morreram durante violentos combates entre insurgentes islâmicos radicais e as forças da União Africana na Somália (Amisom, na sigla em inglês), informaram nesta segunda-feira, 1º, testemunhas e fontes médicas, segundo a agência AFP.
De acordo com uma fonte do governo, os insurgentes dispararam vários tiros de morteiro no domingo à noite contra o prédio da presidência, no norte de Mogadiscio. As forças da Amisom, que protegem o governo, responderam ao ataque.
"Doze civis inocentes morreram nesses bombardeios. Estamos comovidos por esses ataques indiscriminados", declarou um chefe de segurança local, Mohamed Adan Ilbir.
"Nossa equipe transportou oito civis mortos e 55 feridos, alguns deles em estado grave, vítimas dos disparos da artilharia" em dois bairros do norte da capital, disse o chefe do serviço de ambulâncias de Mogadiscio, Ali Muse, acrescentando que o número de vítimas poderia aumentar. Uma outra testemunha disse ter visto quatro mortos em outro bairro.
Os insurgentes islâmicos da Somália (das organizações al-Shabbab e Hezb al-Islam), que combatem o governo de transição, atacam regularmente a presidência somali e a principal base da Amisom, próxima ao aeroporto.
Os militantes do al-Shabbab, grupo ligado à Al-Qaeda, consideram a missão pacifista no país como uma "força de ocupação", contra a qual cometeram vários ataques suicidas.
No sábado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a entidade não enviará suas tropas humanitárias para a Somália enquanto não for estabelecida a paz no país, que enfrenta uma guerra civil desde 1991.
A União Africana pediu várias vezes à ONU que reforçasse a Amisom, na Somália desde março de 2007. A força africana é composta de 5.300 soldados do Burundi e da Uganda.