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Ao menos 16 funcionários do porto de Beirute já foram presos após explosões

Agência Nacional de Notícias citou como fonte o juiz de uma corte militar, que informou que até esta quinta-feira, 18 pessoas já tinham sido interrogadas

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Por Redação
Atualização:

BEIRUTE - Ao menos 16 funcionários do porto de Beirute foram detidos como parte da investigação sobre as devastadoras e mortais explosões de terça-feira em um depósito no local com toneladas de nitrato de anônio. As explosões mataram ao menos 137, deixaram mais de 5 mil feridos e 300 mil desabrigados

Helicóptero trabalha no combate aum incêndio no local de uma explosão no porto de Beirute, no Líbano. Foto:STR / AFP Foto:

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A Agência Nacional de Notícias citou como fonte o juiz Fadi Akiki, um representante do governo em um tribunal militar, que informou que até esta quinta-feira 18 pessoas já tinham sido interrogadas.

Todos são funcionários do porto e da alfândega, além de indivíduos encarregados da manutenção do hangar, onde 2.750 toneladas de materiais explosivos estavam armazenadas havia anos. A investigação, segundo o juiz, continua. Segundo uma fonte ligada à investigação, as detenções ocorreram na quarta e na quinta-feira.

Segundo as autoridades locais, a explosão originou-se no depósito onde eram armazenadas 2.700 toneladas de nitrato de amônio havia seis anos "sem medidas de precaução" necessárias, segundo o primeiro-ministro, Hassan Diab.

As autoridades portuárias, os serviços de alfândega e alguns serviços de segurança eram conscientes de que ali eram armazenadas substâncias químicas perigosas, mas se responsabilizam mutuamente.

Em junho de 2019, foi feita uma investigação após queixas reiteradas sobre o mau cheiro que emanava do armazém e determinou-se que havia "materiais perigosos que deveriam ser transferidos" e que as paredes do armazém estavam danificadas.

A direção do porto, que estava a par da periculosidade dos materiais, enviou há alguns dias os operários para fechar as brechas do armazém. Essas obras, segundo as fontes de segurança, teriam sido a origem da tragédia./ AFP e Reuters  

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