DACA -Pelo menos 20 mulheres e crianças da minoria étnica rohingya que fugiam da violência no estado de Rakhine, no oeste de Mianmar, morreram durante a travessia do rio que serve de fronteira natural entre esse país e Bangladesh.
“Alguns rohingyas que estão em Bangladesh os identificaram como membros da sua comunidade”, indicou o chefe da Guarda de Fronteiras de Bangladesh na região de Teknaf, o tenente-coronel Ariful Islam.
Islam detalhou que, entre as vítimas, 12 eram crianças e oito mulheres e que as suspeitas indicam que elas morreram quando tentavam entrar em Bangladesh, mas afirmou desconhecer se viajavam em uma ou em várias embarcações.
A nova onda de violência que assola os rohingyas em Rakhine causou cerca de 110 mortes desde o dia 25, quando o chamado Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) lançou uma série de ataques contra postos policiais e militares na zona.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), o órgão da ONU para a migração, estima que aproximadamente 18 mil rohingyas fugiram para Bangladesh desde então.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) solicitou que Bangladesh abra suas fronteiras aos rohingyas, mas o governo bengalês continua mandando de volta os que tentam atravessar a fronteira.
Mais de 1 milhão de rohingyas vivem em Rakhine, onde sofrem uma discriminação crescente desde o surto de violência sectária de 2012, que deixou pelo menos 160 mortos e cerca de 120 mil pessoas desta etnia confinadas em 67 acampamentos de deslocados. /EFE