Ao menos 75 mortos em três dias de conflito na Somália

Membros das milícias irão cumprir um cessar-fogo em resposta aos pedidos dos civis atingidos pela violência e dos membros da sociedade civil

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo terceiro dia consecutivo milícias rivais se enfrentaram com mísseis, morteiros e rifles de assalto na capital somaliana Mogadishu. As batalhas, que têm como objetivo tomar o controle de partes da cidade, deixaram cerca de 75 mortos e 100 feridos, segundo informou fontes médicas. Membros das milícias radicais islâmicas irão cumprir um cessar-fogo (criado na tarde desta terça-feira) em resposta aos pedidos dos civis atingidos pela violência e dos membros da sociedade civil, afirmou o chefe da União da Corte Islâmica xeque Sharif Ahmed. Seus rivais seculares, no entanto, planejam discutir se aceitam ou não a oferta de cessar-fogo. "Os islamitas estão sem munição, por isso eles querem dar uma respirada para se mobilizar e rearmar a milícia", disse Hussein Gutaale, porta-voz das milícias seculares. Histórico A Somália não possui efetivamente um governo central desde 1991, quando comandantes militares depuseram o ditador Mohamed Siad Barre e, após isso, viraram-se uns contra os outros - mergulhando sua nação de aproximadamente 8 milhões de pessoas em um estado de anarquia. Um governo provisório apoiado pela ONU foi instaurado na cidade central de Baidoa, mas falhou ao tentar expandir seu poder às outras regiões do país. Fundamentalistas islâmicos apresentaram-se como uma alternativa capaz de trazer ordem e paz, mas não hesitaram em usar a força e abertamente se uniram aos terroristas da Al-Qaeda.

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