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Aos 70 anos da Revolução Chinesa, Xi Jinping diz que nada pode ‘abalar pilares’ do país

Presidente chinês promete ‘estabilidade’ e ‘prosperidade’ para Hong Kong em meio a protestos, mas reforça defesa de ‘reunificação completa’ do país

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Por Redação
Atualização:

PEQUIM – O governo da China celebrou o aniversário de 70 anos da sua revolução e de domínio do Partido Comunista com um imenso desfile militar nesta terça-feira, 1º de outubro. Em um discurso mais breve do que o esperado, o presidente Xi Jinping defendeu um desenvolvimento pacífico, mas disse que as forças armadas do país devem defender a soberania chinesa. 

"Nenhuma força pode jamais abalar os pilares da China, ou impedir o povo chinês e a nação de marchar em frente", disse Xi no Portal da Paz Celestial, monumento construído em homenagem à fundação da República Popular da China em 1949. "Há 70 anos, em um dia como hoje, o camarada Mao Tsé-Tung declarou solenemente ao mundo neste mesmo lugar a fundação da República Popular da China e o povo chinês se levantou." 

Soldados do exército chinês enfileirados em frente à imagem do presidente Xi Jinping em um telão nesta terça, 1, na comemoração dos 70 anos da República Popular da China Foto: REUTERS/Jason Lee

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Xi ressaltou que o país deve promover estabilidade em Hong Kong e Macau, duas regiões administrativas especiais da China, e um diálogo pacífico com Taiwan. Ele acrescentou que o país "deve continuar o progresso na reunificação completa da pátria".

A celebração, um dos eventos mais importantes no ano para o país, ocorre após quase quatro meses de protestos contra o governo chinês em Hong Kong. No domingo, 29, a polícia do território semi-autônomo prendeu dezenas de manifestantes que denunciam a perda de liberdades e uma crescente interferência de Pequim em assuntos regionais. 

O evento na Praça da Paz celestial foi organizado para projetar uma imagem de confiança por parte do governo chinês, que também enfrenta uma guerra comercial com os Estados Unidos com impacto significativo na economia. O líder da China segue popular no país após uma campanha agressiva contra a corrupção e por projetar a segunda maior economia do mundo também como uma liderança na política internacional.

Xi Jinping estava acompanhado de seus predecessores Hu Jintao e Jiang Zemin. Ele defendeu uma estratégia de abertura comercial, e disse que as forças armadas chinesas devem não só zelar pela segurança e soberania do país, mas também proteger interesses de desenvolvimento e a paz mundial. 

Ao finalizar o discurso, o líder chinês desceu do púlpito e fez um passeio em um carro aberto nas ruas de Pequim. A capital foi fechada para o evento, e um robusto esquema de segurança foi montado. Moradores de prédios com vista para o local do desfile, na região da Praça da Paz Celestial, foram aconselhados pela polícia a manterem distância das janelas. 

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