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Apec inaugura conferência sobre transgênicos

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma conferência sobre políticas e segurança nos cultivos de alimentos geneticamente modificados organizada pelo Fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec) foi inaugurada nesta segunda-feira, em Manila, com a presença de especialistas dos Estados Unidos, Peru, Chile e da Austrália, entre outros países. O ministro de Agricultura das Filipinas, Domingo Panganiban, afirmou no discurso de inauguração que "esta conferência se dirige a melhorar as habilidades das economias do Apec para desenvolver sistemas de biosegurança e a promover enfoques harmonizados nos regulamentos agrícolas nesta matéria". Panganiban disse que atualmente as Filipinas estão no grupo das 12 nações do mundo onde mais de 85% do solo está submetido ao uso intensivo, seja agrícola, industrial ou por habitação. Disse ainda que os cultivos geneticamente modificados "introduzem um aumento substancial na produção das colheitas por unidade de terra cultivada e aumentam a renda dos camponeses sem ter que expandir a área dedicada à agricultura". O ano de 2005 marcou o décimo aniversário do início da comercialização dos produtos alterados geneticamente, como assinalado no último estudo de ISAAA, (Serviço Internacional para a aquisição de aplicações de biotecnologia agrícola), entidade patrocinada entre outros pelas multinacionais Monsanto, Bayer, Syngenta, Pioneer Hi-Bred e a Fundação Rockefeller dos EUA. O documento, distribuído durante a inauguração, mostra que em 2005 a área total de cultivos destes produtos ocupou uma extensão de 90 milhões de hectares, 11% a mais do que as 81 milhões de hectares dedicadas no ano passado. Cerca de 8,5 milhões de agricultores em 21 países se dedicaram a esta atividade em 2005, frente aos 8,25 milhões em 17 países do ano passado. O relatório também diz que China e Irã são os principais países na comercialização de arroz geneticamente modificado, mas os EUA mantêm a liderança nestes cultivos, com 55% do total de toda a terra cultivada no mundo, ou seja, 49,8 milhões de hectares plantados. Os 21 países do mundo que permitem estes cultivos são, segundo a quantidade de solo dedicado: EUA, Argentina, Brasil, Canadá, China, Paraguai, Índia, África do Sul, Uruguai, Austrália, México, Romênia, Filipinas, Espanha, Colômbia, Irã, Honduras, Portugal, Alemanha, França e a República Tcheca. A conferência se encerra na próxima quarta-feira.

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