PEQUIM - A presença feminina continua sendo insignificante após a renovação da cúpula do Partido Comunista da China (PCC), do qual apenas uma mulher faz parte do Politburo, um dos mais altos órgãos reitores compostos por 25 pessoas.
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Sun Chunlan, de 67 anos e líder da Frente Unida, sindicato único do regime, é a única mulher que integra o grupo nomeado durante o 19.º Congresso do PCC, que terminou esta semana em Pequim.
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Segundo informações do jornal Independent, Sun foi chefe do partido na cidade de Tianjin, região que acabou sendo transformada em um polo financeiro global. O local é um exemplo de sucesso com relação a desenvolvimento na China por ter realizado reformas nas últimas três décadas, além de ter recebido um fluxo massivo de investimento.
A situação indica uma menor representação feminina em relação à configuração do Politburo formada após o último congresso de 2012, quando duas mulheres faziam parte dele: Sun e Liu Yandong, que acaba de se aposentar aos 72 anos.
Nenhuma mulher está na cúpula da liderança do partido e do país, o Comitê Permanente do Politburo, órgão que ao longo da história do partido esteve composto unicamente por homens.
Além do presidente chinês, Xi Jinping, e do primeiro-ministro, Li Keqiang, que se mantêm no órgão, os novos membros são Li Zhanshu, Wang Yang, Wang Huning, Zhao Leji e Han Zheng.
Além disso, apenas 10 dos 205 membros que compõem o Comitê Central são mulheres, razão pela qual a presença feminina segue sendo mínima neste órgão, correspondendo a somente 4,8% do total.
Também é muito escassa a presença de minorias neste órgão do partido, onde apenas 16 membros fazem parte de grupos como o mongol (três membros) e o tibetano (dois membros).
Ainda que Xi tenha defendido em repetidas ocasiões seu compromisso com o desenvolvimento da mulher e da igualdade de gênero, a realidade é que as mulheres seguem sem estar presentes nas altas esferas do poder.
Após o decisivo congresso, Xi segue rodeado de uma grande quantidade de homens nos principais órgãos reitores do PCC: o Comitê Central, o Politburo e o Comitê Permanente. / EFE