
25 de novembro de 2019 | 07h27
PEQUIM - O governo da China reiterou nesta segunda-feira, 25, que apoia de maneira resoluta a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, apesar da vitória da oposição nas eleições locais de domingo.
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"O governo central chinês apoia resolutamente a chefe do Executivo Carrie Lam na região administrativa especial", o nome oficial de Hong Kong, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang.
Ele não comentou diretamente a derrota dos candidatos pró-Pequim nas eleições locais organizadas após seis meses de protestos na ex-colônia britânica.
Carrie Lam afirmou nesta segunda que seu governo deseja "ouvir humildemente" a população, um dia depois da derrota eleitoral.
“O governo seguramente vai ouvir humildemente as opiniões dos cidadãos e refletirá seriamente sobre elas”, disse Carrie em um comunicado publicado após o fim da votação.
O porta-voz da diplomacia chinesa reiterou que "conter a violência e restabelecer a calma são as tarefas mais urgentes em Hong Kong". "A China se opõe às interferências nos assuntos de Hong Kong de qualquer potência estrangeira", afirmou Geng Shuang.
Hong Kong “faz parte da China” independentemente do resultado das eleições locais, ressaltou nesta segunda o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.
“Ainda não são os resultados definitivos. Esperamos os resultados finais”, disse Wang a jornalistas em Tóquio, após se reunir com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.
Segundo os resultados parciais publicados por veículos locais, os candidatos da oposição ao Executivo pró-Pequim venceram as eleições depois de seis meses de protestos.
“Aconteça o que acontecer, Hong Kong faz parte da China, como uma região administrativa especial”, insistiu o ministro chinês. “Qualquer tentativa de semear o caos em Hong Kong ou de reduzir sua prosperidade e estabilidade está condenada ao fracasso.”
Desde o início das manifestações em Hong Kong, o governo chinês afirma que os distúrbios são provocados por elementos anti-China manipulados a partir do exterior.
No fim de semana, a imprensa chinesa pediu aos habitantes de Hong Kong que comparecessem às urnas para acabar com a violência. / AFP
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