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Após 17 mil mensagens, cidade italiana diz que prêmio a novos moradores exclui estrangeiros

Prefeito de Bormida diz que houve um mal-entendido e não ofereceu incentivo de 2 mil euros, mas apenas o aluguel a 50 euros

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Por Redação
Atualização:

A repercussão mundial da notícia de que uma cidadezinha do norte da Itália oferecia 2 mil euros para quem quisesse se mudar para lá assustou o prefeito de Bormida. Segundo Daniele Galliano, ele recebeu mais de 17 mil mensagens pelo Facebook pedindo informações sobre o incentivo. Ele declarou à BBC que a informação difundida em meios de comunicação e redes sociais não passou a um mal-entendido.

"Fiquei acordado até as 3h30 da madrugada para atender todas as demandas. Depois tive de fechar o perfil", disse Galliano, acrescentando ter recebido pedidos de países como Brasil, Espanha, Peru, Chile e Grécia.

O prefeito da pequena vila de Bormida, localizada na montanhosa região da Ligúria, Itália, Daniele Galliano, está oferecendo aluguel de 50 euros para quem queira se mudar para a cidadezinha, que tem apenas 394 habitantes. O objetivo éincentivar a chegada de novos moradores e evitar que o lugar se transforme numa cidade fantasma. Mas a oferta é só para italianos. Foto: Prefeitura de Bormida

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Ele explicou que o incentivo para atrair novos moradores à cidade da região de Ligúria, que sofre com um despovoamento gradual, limitava-se a subsídios de aluguel e exclusivamente para cidadãos italianos. Em julho de 2017, como já aconteceu no passado, será possível alugar quatro apartamentos pelo valor de 50 euros por mês (R$ 171).

"É uma iniciativa que já foi feita em 2014, mas não é aberta a todos: tem de ser cidadão italiano, ter uma renda familiar de 10 mil euros e se inscrever no concurso público que vai ser aberto."

O prefeito acredita que a confusão na imprensa foi causada pelo fato de ter cogitado dar um bônus de incentivo de 2 mil euros para quem quisesse comprar uma casa na cidade. "Foi apenas uma ideia que quis propor aos líderes da região de Ligúria", disse Galliano.

"O telefone não para de tocar, todo mundo pedindo trabalho. Que é exatamente o que nos falta", disse um funcionário da prefeitura de Bormida, assegurando que foi tudo um engano.

"Espero que as pessoas não venham para Bormida à procura de dinheiro ou trabalho", disse o prefeito.

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