Após 27 dias, termina motim em cadeia na Venezuela

Ministro de Comunicação, Andrés Izarra, comunicou pelo Twitter fim do impasse; presos passam bem

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Por AE
Atualização:

Guarda Nacional interrompe acesso a El Rodeo II, onde motim terminou após 27 dias

 

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CARACAS - Cerca de mil presos na cadeia de El Rodeo II encerraram nesta quarta-feira, 13, um motim mantido havia 27 dias e começaram o processo para se entregar novamente ao poder das autoridades, anunciou o ministro de Comunicação, Andrés Izarra.

 

"Começou o processo de liberação em El Rodeo", disse Izarra em sua conta no site Twitter, ao informar o país sobre o fim do motim iniciado em 17 de junho.

 

Pelo Twitter

 

Izarra escreveu que o "conflito em El Rodeo (II) se resolveu em paz e respeito pelos direitos humanos". Segundo o ministro, ainda no microblog, "a mídia carniceira se lamenta".

 

Em seguida, Izarra retransmitiu uma mensagem do presidente Hugo Chávez em que ele também criticava a cobertura da mídia: "Parabenizo a todos pelo sucesso da operação em El Rodeo (II)", escreveu Chávez.

 

Para o presidente, a operação foi um "exemplo do respeito supremo aos direitos humanos". Mas ele escreveu, na mesma mensagem, "mas se impõe uma grande autocrítica!"

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Uma porta-voz dos familiares presos, Grisel Zorrilla, disse por telefone que os detentos estavam sendo retirados do local. Ela afirmou que todos estão bem.

 

Mortos e feridos

 

Os internos de Rodeo II, prisão localizada 50 quilômetros a leste de Caracas, estavam amotinados dentro da cadeia e haviam impedido com armas de fogo a entrada de forças militares no local. O motim começou após milhares de militares tomarem a prisão de Rodeo I, vizinha à de Rodeo II. A ação deixou um detento e dois guardas mortos e outros 20 militares feridos.

 

As autoridades apreenderam em El Rodeo I mais de 105 mil bolívares fortes (cerca de US$ 24,5 mil), sete fuzis, cinco escopetas, 20 pistolas, oito granadas de mão, 53 quilos de cocaína, 5 mil cartuchos para fuzil, 100 celulares e 20 quilos de maconha.

 

O governo decidiu intervir nas prisões depois que um violento confronto entre presidiários em 12 de junho deixou 22 mortos, entre eles um visitante. Há 34 cadeias na Venezuela, com mais de 44,5 mil detentos, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

 

As informações são da Associated Press

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