NOVA YORK - O chefe da polícia de Nova York pediu perdão nesta quinta-feira, 6, pela repressão contra a comunidade LGBT durante os protestos de Stonewall, em junho de 1969.
"O que ocorreu não deveria ter ocorrido. As ações da NYPD (polícia de Nova York) foram um erro. Os atos e as leis eram discriminatórios e tirânicos e, por isso, me desculpo", declarou James O'Neill, em comunicado oficial a poucos dias dos eventos pelos 50 anos dos protestos que serviram de marco da luta pelos direitos de LGBTs.
Em 28 de junho de 1969, membros da comunidade homossexual protestaram contra uma batida policial no Stonewall Inn, conhecido bar gay do bairro de Greenwich Village. No local, os policiais agiram de forma violenta e prenderam vários frequentadores. Pela manhã, integrantes da comunidade LGBT de Nova York iniciaram uma série de protestos que se prolongaram por vários dias, liderados pela ativista Marsha P. Johnson.
Entre os vários eventos para relembrar os protestos de Stonewall, o maior será no dia 30 de junho, com a parada LGTB WorldPride. A polícia de Nova York prevê a chegada de mais de três milhões de visitantes este mês por conta desses eventos.
Recentemente, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que a cidade vai dedicar um monumento a duas mulheres transgênero, Marsha e Sylvia Rivera, heroínas da luta pelos direitos LGBT e pioneiras dos protestos de Stonewall. / AFP