Após atentado, Israel manterá 'agressivamente' segurança, diz premiê

Jerusalém foi atingida por bomba que matou um; Obama manifestou repúdio ao ataque.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Explosão ocorre em momento de tensão entre Israel e palestinos de Gaza O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que seu país vai reagir "agressivamente, com responsabilidade e sabedoria" para preservar sua segurança, após a explosão de uma bomba em Jerusalém, nesta quarta-feira. O explosivo, que segundo a polícia foi colocado em uma sacola em local próximo a um ponto de ônibus, deixou um morto e cerca de 30 feridos. Foi o primeiro atentado com bomba em Jerusalém desde 2004, e ocorre num momento em que cresce a tensão entre israelenses e palestinos na faixa de Gaza. Netanyahu afirmou que o ataque visava testar a determinação do país e que o povo israelense tem uma "vontade de ferro" de defender sua nação. Barack Obama, presidente dos EUA - principal aliado externo de Israel -, também manifestou repúdio ao ataque e afirmou em comunicado que Israel, "como todas as nações, tem direito à autodefesa". O americano também expressou "condolências" pelas mortes de quatro civis palestinos na Faixa de Gaza, atingidos por disparos de artilharia de tanques israelenses. Os disparos foram uma reação de Israel ao lançamento de morteiros e foguetes, disparados a partir de Gaza, contra seu território. Na Cisjordânia, a Autoridade Palestina, controlada pelo partido Fatah - rival do Hamas, que controla a Faixa de Gaza - também criticou o ataque desta quarta-feira em Jerusalém. "Condeno essa operação terrorista nos termos mais fortes possíveis, independentemente de quem esteja por trás dela", disse em comunicado o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad. Envolvimento O correspondente da BBC em Gaza Jon Donnison disse que, até a noite desta quarta-feira (horário local, à tarde no Brasil), nenhuma das facções militantes do território havia admitido envolvimento na explosão em Jerusalém. Mas um líder da Jihad Islâmica havia dito que um ataque palestino seria uma "resposta natural" aos recentes disparos promovidos por Israel em Gaza. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou a explosão em Jerusalém "inaceitável", e o prefeito da cidade, Nir Barkat, instou os cidadãos a permanecer em alerta, mas a "voltar à rotina o mais rápido possível". "Quando o terror tenta perturbar nosso modo de vida, a melhor solução é voltar ao normal assim que possível. Os eventos em Jerusalém não serão cancelados e Jerusalém não vai parar." O porta-voz da polícia da cidade, Micky Rosenfeld, disse à BBC que as autoridades estão atrás de um suspeito e que acredita-se que um veículo tenha sido usado para plantar a bomba. Não há indicativos de que tenha se tratado de um atentado suicida. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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