
21 de dezembro de 2007 | 14h48
A polícia do Paquistão invadiu uma escola islâmica e prendeu sete estudantes nesta sexta-feira, 21, horas depois do atentado suicida que matou pelo menos 50 pessoas perto de uma mesquita enquanto mais de mil fiéis se reuniam durante um feriado do Sacrifício. O ataque aconteceu próximo da casa do ex-ministro do interior paquistanês Aftab Khan Sherpao, enquanto ele recebia amigos por causa do feriado islâmico do Sacrifício. Outras 100 pessoas ficaram feridas com a explosão. Sherpao, que era ministro do Interior no governo dissolvido recentemente pelo presidente Pervez Musharraf e que agora concorre às eleições parlamentares de 8 de janeiro, seria o provável alvo do ataque na mesquita, localizada no vilarejo natal dele, afirmaram autoridades. O ex-ministro, que comanda um pequeno partido aliado de Musharraf, escapou ileso, mas o filho dele ficou ferido. Sherpao havia sido atingido em outro atentado suicida ocorrido em abril, em um encontro realizado em Charsadda. Partes de corpos e sapatos espalhavam-se pelo assoalho da mesquita, recoberto de poças de sangue. A polícia encontrou pedaços de uma jaqueta que pertenceria ao homem-bomba e pequenas esferas colocadas no dispositivo para aumentar seu poder letal. O suposto agressor, que estava sentado no meio de uma fila entre os fiéis, detonou o artefato ao final das orações, quando as pessoas reuniam-se ao redor do político para cumprimentá-lo, afirmou um oficial da polícia que não quis ter seu nome divulgado. O presidente Pervez Musharraf condenou a explosão e pediu que forças de segurança e inteligência do país localizassem os mentores do ataque. Depois do atentado, dezenas de policiais e agentes invadiram a escola, no vilarejo de Turangzai, e detiveram os estudantes. Alguns dos presos são afegãos, segundo dois policiais que falaram sob anonimato. O Paquistão foi palco de vários atentados a bomba realizados por militantes islâmicos depois da invasão da Mesquita Vermelha, um bastião de extremistas, em Islamabad, em julho.
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