Autoridades chinesas começaram a agilizar leis locais contra o separatismo na província de Xinjiang, que tem um grande movimento da etnia de origem muçulmana uigur pró-independência, segundo afirmou um proeminente legislador citado nesta segunda-feira, 20, pela imprensa oficial.
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A China sofreu neste mês os piores distúrbios em décadas por conta dos conflitos entre os chineses da etnia dominante Han e os uigures, muçulmanos que falam turco, na cidade de Urumqi. Cerca de 200 pessoas morreram na onda de violência. O governo afirma que a maioria dos mortos é da etnia han, ainda que os uigures afirmem que muitos de seus membros foram mortos na repressão governamental.
O presidente da Comissão Permanente do Congresso Popular Regional de Xinjiang, Eligen Imibakhi, afirmou que a província está preparando uma legislação que "dará assistência legal à luta contra o separatismo em Xinjiang e no combate à violência e ao terrorismo". Entre os planos do governo de Xinjiang está a distribuição de pequenos livros com a legislação na língua dos grupos minoritários para camponeses na região. A China possui uma lei nacional contra o separatismo, mas não legislações regionais similares.
A polícia chinesa suspeita que mulheres com roupas islâmicas negras e lenços cobrindo as cabeças atuaram como dirigentes ao dar "ordens" durante os conflitos étnicos em Xinjiang, segundo afirmou o jornal China Daily. "Esta vestimenta é muito rara em Urumqi, mas esse tipo de mulher foi visto muitas vezes em lugares diferentes pelas câmeras de vigilância num dia", indicaram policiais sob anonimato ao jornal.