MILÃO, Itália - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, prometeu um plano para monitorar infraestruturas antigas do país e classificou como "uma imensa tragédia" o desabamento de uma ponte de concreto que deixou pelo menos 35 mortos em Gênova. O premiê viajou para a cidade logo após ser notificado da tragédia e visitará os feridos nesta quarta-feira, 15.
"Hoje foi, sem dúvidas, o dia mais longo e difícil como Presidente do Conselho (de Ministros da Itália, nome do cargo oficial de primeiro-ministro italiano). O que houve em Gênova é uma lesão grave não apenas contra a cidade, mas contra a Ligúria e toda a Itália", escreveu, em rede social.
Nesta terça-feira, um trecho de 215 metros da Ponte Morandi, em Gênova, desabou e deixou pelo menos 35 mortos, segundo a Defesa Civil municipal. As causas para a queda ainda são desconhecidas. O caso é a pior tragédia do tipo registrada no país nos últimos cinco anos, quando dez pontes caíram por problemas estruturais e excesso de tráfego pesado.
Para evitar novos desabamentos, Conte anunciou que "lançará em breve" um plano de monitoramento para vistoriar todas as infraestruturas do país, em especial as mais antigas. A Ponte Morandi, por exemplo, foi construída entre 1963 e 1967 e passou por três reformas para aguentar a sobrecarga de trânsito de caminhões pesados. A última restauração começou em 2014 e terminou em 2016.
"Os controles serão muito rigorosos pois não podemos arcar com mais tragédias como essa. Todos os cidadãos devem viajar com segurança", disse, sem detalhar como o plano de monitoramento será estruturado. //ASSOCIATED PRESS