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Após deslizamentos, China ainda deve sofrer com mais chuvas

Meteorologistas prevêem mais inundações; mais de 700 pessoas já morreram com enchentes

Atualização:

Agentes sanitários trabalham contra a disseminação de doenças.

 

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PEQUIM - Mais chuvas torrenciais estão se deslocando em direção ao noroeste da China, região das montanhas da província de Ganzu, onde deslizamentos de terra mataram mais de 700 pessoas e onde mais de mil estão ainda desaparecidas. Meteorologistas chineses afirmaram nesta quarta-feira que a previsão é de mais três dias de chuvas na área. Além do risco de mais deslizamentos, as autoridades afirmam que as chuvas podem dificultar os trabalhos de resgate, busca por desaparecidos e de ajuda a vítimas. Pelo menos três vilarejos no condado de Zhouqu foram atingidos por uma avalanche de lama e rochas provocada por chuvas no sábado. Explosões Soldados têm realizado explosões controladas em escombros que fecharam o rio Bailong, criando um lago artificial. O premiê chinês, Wen Jiabao, pediu que trabalhadores de resgate se apressem nas operações de busca antes que as novas chuvas atinjam o local. "Nós precisamos correr contra o relógio e não poupar nenhum esforço para salvar vidas", disse Jiabao, segundo a agência de notícias Xinhua. Especialistas na prevenção de epidemias foram enviados à área com temores de que doenças se espalhem. Yang Long, um médico da região, disse ao jornal China Daily que já diagnosticou diarreia em várias pessoas atingidas pela catástrofe. "Água não-potável e comida estragada provocaram a doença, e nós precisamos de mais medicamentos", disse ele. Autoridades estão com problemas para achar abrigo, com mais de mil casas destruídas e outras 3 mil submersas. Mais de 4 mil barracas foram enviadas para o condado de Zhouqu, mas há dificuldades em se montá-las no terreno montanhoso. Até agora, apenas cem barracas foram levantadas. As esperanças de se encontrar sobreviventes estão diminuindo na medida em que o tempo passa.

 

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