Após fala de Trump, ONU pede que racismo e xenofobia sejam combatidos
Mensagem não fez referência ao presidente americano, mas foi postada pouco depois da entrevista coletiva concedida por ele em Nova York; especialistas em direitos humanos das Nações Unidas fazem apelo para que violência racial seja combatida
"O racismo, a xenofobia, o antissemitismo e a islamofobia estão envenenando nossas sociedades. Devemos combatê-los. Sempre. Em qualquer lugar", escreveu o ex-primeiro-ministro de Portugal.
Apesar de a mensagem não fazer referência a Trump, ela foi postada pouco depois da entrevista coletiva concedida por ele em Nova York.
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Apelo
Especialistas de direitos humanos da ONU pediram aos EUA nesta quarta-feira, 16, que combatam a violência racial e a xenofobia crescentes no país e processem aqueles que cometem crimes de ódio.
"Estamos ultrajados com a violência em Charlottesville e com o ódio racial exibido por extremistas da direita, supremacistas brancos e grupos neonazistas", disseram especialistas independentes da ONU em um comunicado conjunto emitido em Genebra.
"Pedimos o processo e a punição adequada a todos os perpetradores e o pronto estabelecimento de uma investigação independente dos eventos. Atos de ódio e discursos de ódio racista devem ser condenados inequivocamente. Crimes de ódio devem ser investigados, e os perpetradores processados."
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Manifestação de supremacistas brancos termina em confronto e morte
1 / 13Manifestação de supremacistas brancos termina em confronto e morte
Charlottesville
Manifestantes são arremessados no ar por carro que avançou contra um grupo durante confronto em Charlottesville, no estado americano de Virgínia; após... Foto: Ryan M. Kelly/The Daily Progress via AP)Mais
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Manifestantes usaram faixas para cercar e proteger vítimas atropeladas por um carro, após um confronto de supremacistas brancos, neo-nazistas e membro... Foto: Chip Somodevilla / AFPMais
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Paramédicos resgatam vítimade atropelamento, após carro atingir manifestantes de um'contra-protesto' organizado em resposta a supremacistas brancos. Foto: Justin Ide / Reuters
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Membros de grupo supremacista branco levaram escudos a uma manifestação que acabou em confronto e morte na cidade deCharlottesville, em Virginia, nos ... Foto: Joshua Roberts / ReutersMais
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Homem atingido por spray de pimenta reage durante confronto de supremacistas brancos e um grupo de manifestantes contrários em Charlottesville, em Vir... Foto: Justin Ide / ReutersMais
Charlottesville
Neo-nazistas, supremacistas brancos e membros da 'direita alternativa' pulam sobre barricadas no parque Lee, na cidade de Charlottesville, após a mani... Foto: Chip Somodevilla / AFPMais
Charlottesville
Manifestante de grupo anti-fascista arremessa caixa de metalcontra supremacistas brancos, em meio a confronto generalizado que acabou com ao menos uma... Foto: Chip Somodevilla / AFPMais
Charlottesville
Policial observa confronto entre manifestantes do topo de um veículo armado da polícia do Estadode Virgínia, na cidade deCharlottesville Foto: Chip Somodevilla / AFP
Charlottesville
Um memorial foi improvisado no local do ataque em Charlottesville Foto: Win McNamee/Getty Images/AFP
Charlottesville
Membros de uma igreja cristã fizeram uma cerimônia em homenagem às vítimas Foto: Jim Bourg/Reuters
Charlottesville
Uma das mensagens racistas deixadas por manifestantes na calçada do Emancipation Park, no centro deCharlottesville, Virginia Foto: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
Os acontecimentos na Virgínia foram os "exemplos mais recentes" de racismo, discriminação racial, afrofobia, violência racista e xenofobia crescentes "observados em manifestações nos EUA", afirmaram os especialistas.
Incidentes recentes na Califórnia, Oregon, New Orleans e Kentucky demonstraram "a disseminação geográfica do problema", acrescentaram.
O comunicado foi divulgado por Sabelo Gumedze, presidente do grupo de trabalho de especialistas da ONU sobre povos de ascendência africana; Mutuma Ruteere, relator especial da ONU sobre formas contemporâneas de racismo; e Anastasia Crickley, presidente do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial. / EFE e REUTERS