WASHINGTON - Após investir US$ 500 milhões e ter apostado todas as suas fichas na Superterça, o empresário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg está reavaliando a campanha após o péssimo resultado. Agora, a dúvida é o que ele fará com seus bilhões e com a equipe que estava trabalhando em dezenas de Estados para viabilizar a candidatura à Casa Branca.
Se o resultado de Bloomberg foi desanimador, o ex-vice-presidente Joe Biden vive o oposto. Com vitória em nove Estados, ele lidera a corrida democrata para a presidência após um início decepcionante. Depois da Superterça, é grande a pressão para que a senadora Elizabeth Warren e Michael Bloomberg abandonem a disputa.
No momento, o único apto a disputar com Biden é o senador Bernie Sanders, que empolgou no início da campanha com bons resultados mas é rejeitado pela parte moderada do Partido Democrata.
Nesta quarta, a revista americana Newsweek publicou uma coluna questionando como o apoio de Bloomberg a algum candidato poderia ser decisivo. O empresário, que é a nona pessoa mais rica do mundo, sugeriu estar disposto disposto a gastar US$ 1 bilhão para ajudar o futuro candidato democrata a derrotar o bilionário presidente Donald Trump em seu projeto de reeleição, em novembro.
Bloomberg tem funcionários da campanha em Estados como Flórida, Carolina do Norte, Michigan, Pensilvânia, Wisconsin e Arizona, que podem ser decisivos na reta final. Apesar de discordar da posição dos concorrentes, ele estaria disposto a investir seu dinheiro em algum candidato democrata.
"Eu os apoiaria, sim, porque, em comparação com Donald Trump, é fácil", afirmou ao The New York Times no início do ano. No final de semana, o ex-prefeito de South Bend Pete Buttigieg e a senadora Amy Klobuchar, de Minnesota, abandonaram a disputa e anunciaram apoio a Biden.