Após morte de general, Embaixada do Brasil no Iraque desaconselha viagens e pede cautela a moradores

Representação brasileira no país também afirma que brasileiros que estiverem no Iraque devem 'evitar as áreas de conflitos e agir com extrema cautela, sobretudo em lugares com grande concentração de pessoas'

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Por Mateus Vargas
Atualização:

BRASÍLIA -  A Embaixada do Brasil em Bagdá, no Iraque, recomendou nesta sexta-feira, 3, que não sejam feitas viagens ao país devido ao "quadro de incertezas e especulações" após ataque ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que matou o general iraniano Qassim Suleimani.

Alerta publicado no site da Embaixada também afirma que brasileiros que estiverem no Iraque devem "evitar as áreas de conflitos e agir com extrema cautela, sobretudo em lugares com grande concentração de pessoas". O governo brasileiro ainda recomenda que estes brasileiros mantenham "contato regular" com a Embaixada. 

General da Guarda Revolucionária do Irã Qasem Soleimani emmarcha decelebração ao aniversário da Revolução Islâmica. Foto: Ebrahim Noroozi/ AP

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Qassim Suleimani foi morto em um bombardeio no aeroporto de Bagdá, conforme anunciou ontem a televisão pública iraquiana. A ação militar acirrou as relações dos EUA com o Oriente Médio. O país governador por Trump está enviando quase 3.000 soldados do Exército para a região após a ação militar.

A Embaixada ainda alerta para que notícias sobre a situação política no país sejam monitoradas por fontes confiáveis. "No atual quadro de incertezas e especulações, a Embaixada do Brasil recomenda aos portadores de passaporte brasileiro que monitorem as notícias por meio de fontes confiáveis, evitando tomar decisões baseadas em rumores e especulações que, como sabemos, são comuns e se espalham rapidamente nessas horas de crise".

A Embaixada disponibilizou contatos em seu site para dúvidas. Também disse que formará um grupo em aplicativo de mensagens para emergências.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores não se manifestou sobre a ação militar dos EUA.

O ataque veio após uma escalada no conflito entre Washington e Teerã. As duas nações enfrentaram crises repetidas desde que Trump se retirou do acordo nuclear de 2015 e impôs sanções consideradas prejudiciais ao Irã. Após o ataque, os Estados Unidos pediram aos seus cidadãos que deixassem o Iraque "imediatamente".O secretário de Estado, Mike Pompeo, defendeu a ofensiva que foi, afirmou ele,"totalmente legal". Suleimani representava uma ameaça "iminente" contra os EUA e seus interesses na região. / AP

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