WASHINGTON - As Forças Armadas dos Estados Unidos moveram equipes de busca e salvamento para o norte do Iraque nos últimos dias, em uma resposta ao assassinato de um piloto jordaniano capturado pelo Estado Islâmico, fontes do Pentágono disseram nesta quinta-feira, 5. A ação é uma tentativa de diminuir o tempo resgate de soldados em combate. A fonte militar falou em condição de anonimato por não estar autorizado a dar declarações sobre a decisão, ainda não anunciada oficialmente.
Os militantes do Estado Islâmico têm defesas aéreas limitadas e o governo sírio não tem desafiado os EUA ou a coalizão internacional que sobrevoa seu território, realizando bombardeios aéreos. No entanto, pilotos de combate encaram o risco de serem derrubados nas linhas inimigas, ainda que sejam treinados em coordenação com os times de resgate.
Pilotos dos EUA estão sobrevoando em missões sobre a Síria diariamente a partir das bases na região. Nações parceiras, incluindo Jordânia, Arábia Saudita e Bahrein, voam com menos frequência. Os Emirados Árabes Unidos suspenderam sua participação nos bombardeios aéreos em dezembro, logo depois que o F-16 do piloto jordaniano Moaz al-Kasasbeh foi derrubado e capturado, no dia 24 daquele mês.
No entanto, o país deixou em aberta possibilidade de voltar com os voos e bombardeios se os EUA reforçassem os esforços de busca. Segundo uma fonte militar americana, antes de retomar os bombardeios, as autoridades dos Emirados querem também que os EUA passem a usar a aeronave multitarefa V-22, capaz de resgatar até helicópteros.
Kasasbeh foi mantido em cativeiro e, depois, executado. Na terça-feira, o Estado Islâmico divulgou um vídeo que mostra o militar queimando vivo dentro de uma jaula.
Segundo a fonte americana, os EUA têm minimizado o impacto da decisão dos Emirados e se concentrado da determinação da Jordânia de endurecer os combates contra os extremistas. As Forças Armadas da Jordânia declararam nesta quinta-feira ter lançado uma nova rodada de bombardeios contra alvos do grupo na Síria.
Os EUA dizem que a coalizão internacional inclui mais de 60 países, com diferentes papéis. Eles estão divididas em ataques militares, apoio humanitário, propaganda e cerco ao financiamento do Estado Islâmico. / AP e REUTERS