Após morte de presidente da Nigéria, vice promete reforma eleitoral

Goodluck Jonathan vinha substituindo Umaru Yar'dua há três meses

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Por RANDY FABI E FELIX ONUAH
Atualização:

Goodluck assume em definitivo como presidente da Nígéria. Foto: Stringer/Efe

 

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ABUJA  - O novo presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, prometeu na quinta-feira que a reforma eleitoral e o combate à corrupção serão as prioridades de seu mandato-tampão, que deve terminar após a eleição mais disputada desde o fim do regime militar no país.

Jonathan foi efetivado como presidente do país mais populoso da África depois da morte, na noite de quarta-feira, do presidente Umaru Yar'dua, aos 58 anos, vítima de problemas renais e cardíacos.

"Nosso total compromisso com o bom governo, a reforma eleitoral e a luta contra a corrupção serão perseguidos com maior vigor", disse Jonathan, que já governava interinamente , após prestar juramento diante de ministros, governadores e embaixadores em Abuja, a capital.

Mais tarde, Jonathan declarou que outra prioridade sua será manter a paz no delta do Níger, região petrolífera do sul onde existe um movimento separatista.

Yar'dua estava ausente do cenário político desde novembro, quando foi se tratar na Arábia Saudita. Ele voltou em fevereiro à Nigéria, mas sem condições de governar ou mesmo de aparecer em público.

Desde que assumiu poderes executivos, há três meses, Jonathan nomeou novos ministros e assessores. Ele agora indicará um vice, com quem completará o atual mandato presidencial, que termina em abril de 2011.

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A escolha do novo vice pode ser determinante no resultado da próxima eleição. Não está claro se Jonathan, oriundo do delta do Níger, irá disputar a Presidência, porque existe um acordo tácito dentro do partido governista para que ocorra um rodízio de poder entre o sul e o norte. O próximo mandato de quatro anos deveria ir para o norte, terra de Yar'dua.

"A questão suprema será quem será o novo vice-presidente. Provavelmente será um nortista, favorito para a Presidência em 2011," disse Kayode Akindele, diretor da consultoria Greengate Strategic Partners, em Lagos.

(Reportagem adicional de Camillus Eboh e Chijioke Ohuocha)

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