PUBLICIDADE

Após novas proibições dos EUA contra turismo, rede hoteleira deixa de atuar em Havana

Desde que assumiu, Trump recuou na política de aproximação com Cuba iniciada pelo presidente Barack Obama e impôs novas sanções ao governo cubano

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

HAVANA - A rede hoteleira americana Marriott, que opera em Havana por meio do Four Points Sheraton, informou nesta sexta-feira, 5, que deixará de funcionar na ilha a partir do final de agosto, devido a proibições do governo Donald Trump

O Four Points de Havana será fechado a partir do fim de agosto Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini

PUBLICIDADE

"O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos notificou a Marriott International que devemos encerrar nossa operação do Sheraton Four Points em Havana, Cuba, antes de 31 de agosto, e não poderemos abrir outros hotéis em Cuba que estejam em preparação", disse uma porta-voz da empresa. 

A informação foi divulgada um ano depois que os Estados Unidos proibiram viagens de cruzeiros de seu território para a ilha. 

A porta-voz lembrou que a Marriott entrou no mercado cubano em 2016 "com a permissão do governo dos EUA", no âmbito da reaproximação histórica entre Cuba e EUA durante o governo de Barack Obama. "Nossa licença de operação foi revisada e renovada em 2018, mas fomos informados recentemente de que a licença do governo não será renovada desta vez, obrigando a Marriott a interromper as operações em Cuba", acrescentou.

Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, os EUA recuaram na política de aproximação a Cuba e multiplicaram as sanções contra o governo socialista. 

Ponto forte da economia

O turismo é o motor da economia cubana. Na semana passada, o Departamento de Estado adicionou sete empresas e hotéis cubanos à sua lista de entidades sancionadas, incluindo a financeira Fincimex, que administra o envio de dinheiro para a ilha por exilados cubanos. Esta empresa é a contraparte da Western Union na ilha. 

Publicidade

Essas remessas, estimadas pelo economista Carlos Mesa-Lago em US$ 3,5 bilhões em 2017, são um apoio valioso para a vida de muitas famílias, especialmente neste momento da pandemia de coronavírus, que agravou a escassez de alimentos na ilha. 

"A Marriott continua acreditando que Cuba é um destino que turistas, inclusive americanos, desejam visitar", disse a porta-voz do grupo, assegurando que "espera reabrir em Cuba se o governo dos Estados Unidos nos der permissão para fazer negócios lá novamente". / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.