Após protestos, Irã proíbe cerimônias para aiatolá

PUBLICIDADE

Por AE-AP
Atualização:

O Irã proibiu a realização de cerimônias em memória do aiatolá Hossein Ali Montazeri - morto na semana passada aos 87 anos e conhecido por suas críticas ao endurecimento do regime islâmico no país - após algumas dessas cerimônias terem se transformado em protestos contra o governo. Segundo informações de sites ligados a setores reformistas do Irã, um evento em memória do aiatolá Montazeri seria realizado na cidade de Kashan, localizada aproximadamente 220 quilômetros ao sul de Teerã. No entanto, uma grande faixa foi colocada na cidade informando que o Conselho Nacional de Segurança havia proibido todos as cerimônias em homenagem a Montazeri, exceto na cidade sagrada de Qom e em Najafabad, cidade natal do clérigo.Na quarta-feira, um tributo ao aiatolá na cidade de Isfahan, na região central do Irã, transformou-se em um protesto antigovernista com confrontos entre polícia e manifestantes. Pelo menos 50 pessoas foram presas, segundo sites reformistas do país. A procissão do funeral de Montazeri em Qom, na segunda-feira, também virou uma manifestação contra o governo iraniano, que sofre com esse tipo de protesto desde a última eleição. O pleito, que deu vitória ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, foi considerado fraudulento pela oposição.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.