Após retomada de Palmyra, Assad diz que é preciso ‘acelerar a luta’ contra o terror

Presidente sírio afirmou que quer colaborar nos esforços para combater o terrorismo, e pediu às agências da ONU que apoiem o governo na reconstrução das ruínas da cidade histórica

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Por Redação
Atualização:

DAMASCO - O presidente da Síria, Bashar Assad, afirmou nesta quarta-feira, 30, que agora é "o momento mais apropriado para acelerar a luta coletiva contra o terrorismo", após a tomada da cidade monumental de Palmyra, em uma carta dirigida à ONU.

Assad enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Bank Ki-moon, agradecendo sua reação pela tomada do Exército sírio do controle de Palmyra das mãos do grupo terrorista Estado Islâmico.

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O líder sírio reiterou no texto a disposição de seu país em cooperar com "todos os esforços sinceros que tenham como objetivo combater o terrorismo".

Além disso, Assad pediu às agências da ONU que apoiem o governo na restauração das ruínas de Palmyra, que são Patrimônio Mundial da Unesco.

Há três dias, as forças governamentais sírias retomaram a cidade histórica, dez meses depois de os extremistas a conquistarem em uma ofensiva no leste de Homs.

Desde domingo, os esforços das autoridades estão focados em consolidar seu triunfo em Palmyra, e para isso também lançaram um ataque contra a cidade de Al Qaritain, que conecta a região histórica a Damasco e que está dominada pelo Estado Islâmico.

No dia 27, Ban mostrou sua satisfação pela recuperação de Palmyra pelos soldados sírios. "Estamos animados e somos afortunados" que as tropas sírias tenham recuperado Palmyra, disse Ban durante uma entrevista coletiva em Amã, onde estava em visita oficial.

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Rússia. Os bombardeios aéreos russos na Síria foram muito mais mortíferos que os da coalizão internacional liderada pelos EUA, aponta um relatório do grupo de monitoramento Airwars divulgado na terça-feira.

Segundo o Airwars, uma ONG com base em Londres que trabalha com informações disponíveis publicamente sobre os bombardeios, os aviões russos mataram provavelmente "entre 1.096 e 1.448 civis" entre outubro e dezembro de 2015, em 192 ataques realizados apenas na Síria.

Em comparação, os bombardeios da coalizão internacional provocaram provavelmente a morte de 1.044 pessoas no Iraque e na Síria desde o início da campanha contra o Estado Islâmico em agosto de 2014, afirma.

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Entre outubro e dezembro de 2015, a coalizão teria matado entre 178 e 223 civis no Iraque e na Síria, seis vezes menos que os russos apenas na Síria, destaca a ONG.

A Rússia negou que tenha os civis como alvo e sustentou que só ataca os jihadistas e outros grupos terroristas contrários ao regime. Por outro lado, ocidentais e grupos contrários a Assad acusam os russos de concentrarem seus bombardeios nos grupos rebeldes opositores sírios e em "infraestruturas civis", como usinas de tratamento de água, padarias, depósitos de alimentos e comboios de ajuda humanitária, denuncia a Airwars. /EFE e AFP

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