A Universidade Americana de Manágua concedeu nesta quinta-feira à brasileira Raynéia Gabrielle Lima, morta a tiros em Manágua, o diploma de Medicina em uma cerimônia organizada pela direção e os estudantes da instituição onde ela cursava o sexto ano de Medicina. Raynéia estava perto de terminar o curso e já fazia residência.
A brasileira trabalhava como médica do Hospital Carlos Roberto Huembes, da polícia nicaraguense. Segundo a embaixada brasileira em Manágua, ela havia saído do trabalho, onde era plantonista, quando foi vítima dos disparos.A Nicarágua enfrenta uma onda de violência que matou 295 pessoas, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A ONG Associação Nicaraguense pelos Direitos Humanos afirma que houve 448 mortos.
Raynéia ingressou ainda com vida no Hospital Militar Escuela Doctor Alejandro Dávila Bolaños às 23h30 de segunda-feira. O disparo tinha comprometido o fígado, o pulmão direito e o coração, segundo o governo.