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Aprovada a Constituição afegã

Por Agencia Estado
Atualização:

A grande assembléia afegã (chamada Loya Jirga) aprovou hoje a nova Constituição do país, pondo fim a semanas de desentendimentos entre os diferentes grupos étnicos religiosos e tribais. O líder da Loya Jirga, Sibghatullah Mujaddedi, anunciou o acordo aos 502 delegados reunidos numa tenda gigante na capital afegã. "Nós estamos muito felizes porque todos os membros da Loya Jirga alcançaram um bem-sucedido acordo", disse Mujaddedi. O impasse sobre o status de línguas minoritárias - principal ponto conflitante -, foi resolvido com a definição do pashtun e o dari como línguas oficiais do Estado. Os demais idiomas serão oficiais nas regiões em que predominarem. O texto diz que o Afeganistão é um Estado islâmico, mas não faz referência à sharia, a lei muçulmana aplicada pela milícia Talebã. A Constituição reforçou o poder do Executivo central, como queria o presidente Hamid Karzai. Mas grupos rivais a Karzai conseguiram impor ao Parlamento o poder de veto sobre as questões mais importantes. O Parlamento terá duas instâncias: a Casa do Povo e a Casa dos Anciãos. O texto estabelece a igualdade entre homens e mulheres, medida que uma delegada definiu como "revolucionária". A eleição presidencial será em junho.

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