14 de dezembro de 2010 | 00h00
Para a diplomacia árabe, a atitude do Brasil colocará mais pressão sobre Israel nas conturbadas negociações de paz. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, informando que o reconhecimento seria dado e a base seria o Estado palestino com as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Assim, o Brasil somou-se a mais de cem países que reconhecem o Estado palestino. Até então, a lista tinha apenas nações africanas, árabes e asiáticas, muitas sem governos democráticos ou que mantinham distância do conflito. "A atitude do Brasil representa uma esperança", afirmou Moussa, que acredita que a decisão levará outros países a fazer o mesmo e terá um impacto direto nas negociações de paz.
As declarações foram feitas por Moussa durante a abertura de um evento em Argel para marcar os 50 anos da aprovação na ONU de uma resolução que reconhecia a descolonização como um processo legítimo. "O que o Brasil fez foi um ato de coragem. Pedimos que todos os países sigam o mesmo caminho e reconheçam a Palestina."
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