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Argentina abrigou 488 prisões clandestinas durante ditadura

Entre 18 mil e 30 mil pessoas desapareceram durante a ditadura militar argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 488 prisões clandestinas funcionaram durante a última ditadura militar argentina (1976-1983), de acordo com um estudo do governo do país divulgado neste domingo pelo jornal Clarín. O relatório, entregue às Nações Unidas, afirma também que há outros 65 lugares que estão sendo analisados e que podem se somar à lista de centros ilegais pelos quais passaram numerosos detidos durante o governo ditatorial, muitos deles atualmente desaparecidos. O estudo se baseia em 1.800 testemunhos de ex-presos ou familiares, que foram cruzados com os dados que a Secretaria de Direitos Humanos argentina possui. O governo também recorreu a um banco de 4.000 fotografias que ajudaram os ex-prisioneiros a definir em que centro ilegal tinham estado. "O método foi obter um testemunho de um sobrevivente que tenha estado no lugar assinalado como centro clandestino de detenção", explicou o subsecretário de Direitos Humanos, Rodolfo Mattarolo. A maioria das prisões ilegais que estão no relatório governamental funcionou dentro de delegacias ou dependências militares. Segundo números oficiais, cerca de 18 mil pessoas desapareceram durante a ditadura argentina, embora os organismos de direitos humanos elevem esse número a 30 mil.

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