Argentina critica intervenção dos EUA no Iraque

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Por Agencia Estado
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A Argentina criticou a possibilidade de uma intervenção dos EUA no Iraque e expressou seu "repúdio ao terrorismo internacional", no 11º aniversário do mortífero atentado que destruiu o edifício da embaixada de Israel em Buenos Aires. Alfredo Atanasof, chefe do gabinete de ministros do presidente Eduardo Duhalde, disse aos jornalistas que "na década de 90 sofremos dois violentos atentados que comoveram o mundo e que causaram numerosas vítimas. A Argentina repudia o terrorismo internacional". No primeiro atentado, houve 22 mortos e mais de uma centena de feridos. O segundo atentado, cometido em 1994 contra a associação assistencial judaica AMIA, causou a morte de 85 pessoas e ferimentos em mais de 200. Interrogado pelos jornalistas sobre o resultado do encontro de domingo nos Açores dos líderes dos EUA, Grã-Bretanha e Espanha sobre o Iraque, Atanasof respondeu que "temos 24 horas mais de esperança para que o desenlace bélico não ocorra. A imensa maioria dos povos e das nações não querem esta guerra e nós também não". A possiblidade de uma guerra também foi criticada por candidatos às próximas eleições presidenciais na Argentina. A centro-esquerdista Elisa Carrió exortou nesta segunda-feira à resistência pacífica contra "o imperialismo unilateral de (o presidente americano, George W.) Bush". E o candidato centro-direitista Ricardo López Murphy, do movimento Recriar para o Crescimento, exortou o presidente Bush a respeitar as Nações Unidas e a não empreender ações militares unilaterais contra o Iraque.

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