27 de janeiro de 2013 | 20h45
A presidente argentina, Cristina Kirchner, disse que a criação da comissão é histórica e permitirá que investigadores argentinos viajem até o Irã para interrogar qualquer pessoa cujo nome tenha sido incluído no alerta vermelho da Interpol. Um alerta vermelho é o instrumento mais próximo de um mandado internacional de prisão.
Em 2007, a Interpol emitiu alerta vermelho para seis pessoas procuradas pela Argentina por suposta ligação com o atentado. À época, a Interpol decidiu não emitir o alerta para o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjany, o ex-ministro de Relações Exteriores Ali Akbar Velayati e o ex-embaixador iraniano na Argentina Hadi Soleimanpour.
Em 2003, Soleimanpour foi detido em Londres por suposta ligação com o atentado, o que gerou um conflito diplomático entre a Argentina e o Irã.
A comissão da verdade consistirá de cinco jurados internacionais, sendo que nenhum deles será da Argentina ou do Irã, e mais dois delegados.
"Acreditamos que (a criação da comissão) é histórica, porque os familiares (das vítimas) conseguirão o que sempre quiseram: que o caso seja levado adiante", disse o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Hector Timerman, em entrevista à agência de notícias estatal Telam.
A Argentina tem a segunda maior comunidade judaica nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos. O atentado foi o pior da história da Argentina e ocorreu apenas dois anos depois de uma explosão destruir a embaixada israelense em Buenos Aires, matando 29 pessoas. As informações são da Dow Jones.
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