Argentina estuda privatizar usinas nucleares

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo argentino está ressuscitando o projeto de privatização das usinas atômicas. O anúncio foi feito pelo secretário da Energia, Alejandro Sruoga, durante uma conferência sobre energia no estado da Califórnia, EUA. Desta forma, o governo argentino estaria quebrando uma promessa de campanha - a de não privatizar as usinas nucleares - e retomaria a política de abertura do mercado energético realizada no governo anterior, do ex-presidente Carlos Menem. No entanto, as privatizações das centrais nucleares nunca conseguiram avançar. Na segunda metade dos anos 90, nenhum investidor privado se interessou em adquirir o "pacote nuclear argentino", que por uma lei de 1997, terá que ser vendido em um único conjunto: duas centrais concluídas e em funcionamento - as de Atucha I (geração de 2.600 GWh anual) e de Embalse (5.200 GWh) - além de outra que está por acabar há mais de uma década, a de Atucha II (previsão de 5 GWh). Atucha I e Embalse possuem um faturamento anual de US$150 milhões. No entanto, a empresa que obter a concessão do pacote terá que investir US$ 700 milhões para concluir Atucha II. A empresa vencedora da licitação deverá pagar uma quantia anual à Comissão Nacional de Energia Atômica e também terá de participar de um fundo especial para o armazenamento do combustível radioativo. Além disso, terá que encarregar-se dos elevados custos do futuro fechamento das usinas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.