Argentina se torna 2º país com mais mortes por gripe suína

Dados do governo indicam que já são 3.056 casos confirmados e 137 mortes pela doença.

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Por Marcia Carmo
Atualização:

Dados divulgados nesta terça-feira pelo ministério da Saúde da Argentina indicam que o país já é o 2º com maior número de mortes por gripe suína no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo o ministério, o número de vítimas da doença na Argentina aumentou para 137 - superando as 124 mortes pela doença registradas no México, país onde surgiram os primeiros casos da influenza A (H1N1), e atrás apenas do total de 211 mortes registrado nos Estados Unidos. Os novos dados anunciados pelo ministério da Saúde argentino indicam ainda que o total de pessoas infectadas no país subiu para 3.056. O total de casos confirmados e vítimas da gripe suína na Argentina dão um indício de como a doença está se alastrando no país. No boletim anterior, divulgado no último sábado, o Ministério argentino informou que eram 94 mortes confirmadas e 2.928 casos da doença. Ou seja, entre os dados divulgados no final de semana e nesta terça-feira, 43 novas mortes foram registradas na Argentina, além de 128 novos casos. Apesar disso, o número de casos confirmados na Argentina é bem inferior ao total registrado no México, onde o governo confirmou, no último sábado, 12.645 casos da doença. Nos Estados Unidos, esse número já chega a 37.246, segundo dados divulgados na sexta-feira. Preocupação O total de vítimas fatais da influenza A no país em relação aos casos confirmados tem chamado a atenção dos especialistas, já que superaria, proporcionalmente, o Chile, que já registra mais que o triplo de casos que a Argentina, mas menos mortes – apenas 25. O caso Argentino é ainda mais grave que o cenário mexicano da doença, onde já foram registrados 12.645 casos da nova gripe – cerca de quatro vezes mais que a Argentina - e 124 mortes. O ministério da Saúde argentino argumenta que pelo menos 40% das vítimas fatais da gripe suína no país já apresentavam outros problemas de saúde. Por conta da situação da doença no país, o governo da cidade de Buenos Aires recomendou, nesta terça-feira, que as grávidas permaneçam em casa por uma semana a mais do que o recesso programado, que terminaria nesta sexta-feira. "Queremos que as grávidas estejam seguras, em suas casas", afirmou o secretário de saúde, Jorge Lemus. Segundo ele, a capital argentina já registrou 13 mortes provocadas pela gripe suína. Na véspera, o prefeito da cidade, Maurício Macri, afirmou que caiu o número de consultas nos hospitais públicos pela doença – informação confirmada nesta terça-feira por vários infectologistas argentinos. Na ocasião, Macri afirmou que os turistas já poderiam voltar à cidade e recomendou aos residentes da capital para que retomassem suas atividades normais. Nesta quinta-feira, os teatros privados reabrem suas portas, após dez dias sem espetáculos. Os empresários do setor teatral haviam decidido fechar os locais por medida de precaução diante do avanço da doença no país. A Argentina convocou os ministros da Saúde do Cone Sul para uma reunião na quarta-feira, em Buenos Aires. No encontro, os representantes devem avaliar o avanço da gripe suína na região e definir medidas conjuntas de combate à doença. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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