08 de novembro de 2012 | 22h42
"Argentina, Argentina", cantam em todas as partes do país, não só na capital, mas também em Bariloche, Rosario, Mendoza, Córdoba, Tucumán, Salta e nos demais centros urbanos. Não há cartazes, nem bandeiras partidárias. O hino nacional também ecoa e as únicas bandeiras que flamejam são as celestes e brancas, as cores nacionais argentinas. Alguns aposentados com alto-falantes pedem pagamento digno e criticam os gastos do governo com a reforma do toalete do gabinete da Casa Rosada, orçada em R$ 1 milhão, ou com a transmissão das partidas de futebol.
Há cartazes que pedem o fim do "ódio e divisão da sociedade" por parte do governo, que classifica de inimiga qualquer opinião contrária à ideologia oficial. Outros que criticam os excessivos controles na economia, como as restrições às importações que provocam até falta de medicamentos. "Não sou golpista: mais segurança e educação"; "Basta de matar"; "Respeito à democracia e à Constituição". Os cartazes expressam diferentes reivindicações da população.
Nenhum cartaz pedindo a liberação do mercado de cambio foi visto até o momento. Várias passeatas se dirigem ao Obelisco, ponto de encontro do protesto chamado de 8N. Outros grupos de enormes proporções preferiram permanecer em seus pontos de concentração, como no bairro de classe média Caballito e Belgrano.
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