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Arma usada por tunisiano na Itália é a mesma do atentado de Berlim

Polícia forense chegou a esta conclusão depois de comparar os cartuchos das balas disparadas em Berlim e em Sesto San Giovanni, no norte de Milão, onde Anis Amri foi morto em troca de tiros com a polícia

Atualização:

ROMA - A arma usada na Itália pelo tunisiano Anis Amri é a mesma que ele usou para matar o motorista polonês do caminhão com o qual avançou contra o mercado de Natal de Berlim no dia 19 de dezembro, informou nesta quarta-feira, 4, a polícia italiana.

A polícia forense chegou a esta conclusão depois de comparar os cartuchos das balas disparadas em Berlim e em Sesto San Giovanni, no norte de Milão, onde Amri feriu no dia 23 de dezembro um policial antes de ser abatido em um controle policial de rotina, segundo um comunicado da polícia nacional italiana.

A polícia italiana divulgou imagem captada por câmeras de segurança que mostram Anis Amri na estação de Milão duas horas antes de sua morte Foto: Italian police via AP

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O tunisiano, de 24 anos, que havia cruzado a Europa com esta arma depois de cometer o atentado na capital alemã, feriu no ombro um policial italiano quando ele, junto a outro colega, pediu para que esvaziasse a mochila em uma simples revista às 3 horas.

A comparação balística permitiu estabelecer com certeza que esta mesma arma havia sido utilizada para matar o motorista do caminhão polonês. Os especialistas, em colaboração com os investigadores alemães, tentam agora esclarecer se outros crimes foram cometidos com esta arma.

A investigação internacional conseguiu descobrir na semana passada que o suposto terrorista transitou durante sua fuga pela Holanda, França e Itália, onde usou como transporte ônibus e trens.

A Itália descartou a existência de "redes" de apoio a Amri, mesmo depois de passar quatro anos em prisões sicilianas antes de mudar para a Alemanha. O tunisiano desembarcou na ilha de Lampedusa em 2011. As autoridades italianas realizaram várias revistas na semana passada, em particular em lugares onde ele se abrigou há um ano, na região agrícola a sudeste de Roma. / AFP

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