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Arsênico deixa 80 mil chineses sem água

O vazamento de uma fábrica química foi detectado na sexta-feira, em uma análise rotineira

Por Agencia Estado
Atualização:

Um vazamento de arsênico despejado por uma fábrica química em um rio da província central de Hunan provocou o corte do fornecimento de água para mais de 80 mil moradores da Região. A Administração Estatal para a Proteção Meio Ambiental (Saiba) detectou na sexta-feira, em uma análise rotineira, níveis de arsênico dez vezes superiores aos normais no rio Xinqiang, do distrito de Yueyang. As autoridades provinciais ordenaram imediatamente o corte da provisão e advertiram aos aldeões que não bebessem água da torneira. Além disso, 18 caminhões-pipa do corpo de bombeiros foram designados para distribuir água potável aos moradores. Uma fábrica química na cidade de Linxiang, cerca de 50 quilômetros rio acima, foi identificada como a causadora do vazamento, que aconteceu, segundo as autoridades ambientais, devido às filtragens de uma piscina de águas residuais para o rio. Segundo a agência, a fábrica foi fechada e as autoridades ordenaram a abertura de comportas da represa de Tieshan, que se encontra ainda mais acima do curso do rio, para ajudar a dissolver o vazamento. O composto detectado no rio, arsênico trióxido, é altamente venenoso e, se for ingerido, pode causar mal-estar, vômitos, dores estomacais, convulsão nas extremidades, coma ou morte. Sua ingestão periódica pode provocar danos irreversíveis no fígado e nos rins, além de câncer de pulmão e de pele. Este tipo de acidente não é estranho em um país onde pelo menos 45% das fábrica químicas e petroquímicas representam um risco elevado para o meio ambiente e a saúde, segundo os últimos números da Saiba.

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