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Artistas se unem por roqueiras que criticaram Putin

Celebridades, punks, mulheres e políticos de vários países pedem a libertação das três integrantes da banda russa Pussy Riot

Por MOSCOU
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Pelo mundo

 

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Ontem, em Moscou, policiais e ativistas entraram em confronto durante uma manifestação de apoio às três. Segundo testemunhas, 18 manifestantes com balaclavas coloridas, iguais às usadas por elas, subiram os degraus da catedral levando cartazes com os dizeres: "Abençoados sejam os misericordiosos". Seguranças e policiais dispersaram o protesto e prenderam quatro. Atos semelhantes foram registrados em Berlim, Nova York, Washington e São Paulo. Em Reykjavik, no fim de semana, o prefeito da capital islandesa, Jon Gnarr, desfilou na Parada Gay fantasiado de Pussy Riot. Simpatizantes das três marcaram para amanhã manifestações em outras duas dezenas de cidades ao redor do mundo, entre elas Londres, Toronto, Paris e Barcelona. As Pussy Riot receberam mensagens de apoio de vários artistas. Pete Townshend, do grupo The Who, e os integrantes do Red Hot Chili Peppers publicaram uma carta no jornal londrino Times pedindo a libertação das russas. A cantora Madonna também protestou, usando uma balaclava e uma camiseta da banda russa em seu show em Moscou, na semana passada. A islandesa Björk dedicou a música Declare Independence às três russas durante concerto no fim de semana em Helsinque, na Finlândia. Pelo Twitter, Yoko Ono, viúva do ex-Beatle John Lennon, pediu que Putin libertasse as garotas. A artista canadense de electro-punk Peaches foi mais longe e postou na internet um vídeo sugerindo que o presidente russo seja linchado.Repressão

 

Críticos do governo russo veem o julgamento como parte de uma repressão a dissidentes. Os advogados das três garotas acreditam que o veredicto de amanhã dependerá exclusivamente da vontade de Putin. Os promotores pediram 3 anos de prisão, mas os ativistas esperam que, com a pressão internacional, elas sejam inocentadas. Putin já disse que não gostaria que elas tivessem uma punição severa, mas ele corre o risco de parecer fraco se elas saírem livres do julgamento. / REUTERS

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